Abaixo a Fórmula 1
Uma vez meu filho me perguntou: “Mas pai, na sua época tinham mania de automóvel né?” Estranhei aquela pergunta repentina mas tive que concordar quando ele me citou pelo menos umas 10 músicas da jovem guarda onde o tema era o carro.
Acho que foi Le Corbusier que disse que o homem “de hoje” (anos 50) era feito de “cabeça, tronco e rodas”
Acho que foi Le Corbusier que disse que o homem “de hoje” (anos 50) era feito de “cabeça, tronco e rodas”
Que me desculpem meus amigos que gostam de fórmula 1, mas os tempos mudam e “esportes” como touradas, pesca de marlins e automobilismo deveriam desaparecer. São investidos (jogados fora) por ano algo como 3 bilhões de euros na Fórmula 1 (é isso mesmo?). Praquê? Pra você ver aquele monte de gente com cara de cafajeste estourando champanhe, passeando de mocassim, muitos óculos escuros, cabelos abundantes, bond girls e carros que fazem um barulhão e parecem passar em câmera lenta na tela da televisão enquanto no autódromo imagino que eles passam e desaparecem tão rápido que se você estiver distraído nem os vê passar. Vez por outra algumas mortes trazem emoções mais fortes para esse esporte onde o que manda mesmo é o capital, a força do motor, a máquina e a propaganda. Aliás, um cara sentado por horas dentro de um carro dando voltas no mesmo lugar não me parece nem estar fazendo um esporte. Se isso é esporte penso que dirigir taxi deve ser um esporte mais útil e divertido. Sugiro que todo esse dinheiro investido em automobilismo deveria ser investido na pesquisa cientifica para se descobrir e implementar outro tipo de transporte que não o carro. Carro já era. Sim, eu tenho o meu e não prescindo dele, mas sei que estou errado. Vamos pesquisar o transporte aéreo, o teletransporte, a telepatia, os trens bala, algo que desafie a gravidade, algo que não polua, que não seja tão caro e que não ocupe tanto espaço. O que adianta inventar carros que andam a 300 por hora se não podemos passar dos 100 ou nas cidades às vezes ficamos horas parados nos engarrafamentos e outras mais horas para achar uma vaga? Isso tudo sem falar naqueles que nem podem ter um carro e que se espremem em ônibus que levam 4 horas para os transportarem da casa ao trabalho.
Se pelo menos o Senna estivesse vivo.
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