ARTS-TEZÃO
Meu mestre me ensinou que só se inventa trabalhando. Artesão primeiro, artista depois. A estátua vai se mostrando bela ao escultor à medida que ele esculpe. A arte surpreende primeiro o próprio artista porque é o resultado de um trabalho que une a técnica ao sentimento, o pensado ao inusitado. O desejo de agradar ou impressionar quando se sobrepõe ao desejo de fazer, de construir, sempre afasta o artista de seu verdadeiro caminho. Muitos artistas contemporâneos, sobretudo aqueles que saíram da publicidade e que talvez, não por acaso, são os que suas produções alcançam os preços mais altos do mundo, como Damien Hirst e Jeff Koons, (este último se gaba ser incapaz de fazer qualquer coisa com as mãos) trabalham com uma equipe que faz, que realiza suas idéias. Camille Paglia os define como charlatões, pois vinda de uma família italiana de artesãos ela sabe o valor de se por a mão na massa, de trabalhar, de moldar, de se ligar intimamente com o resultado do seu trabalho. Talvez por um lado inspirados por Duchamp, o maior marqueteiro do século XX e por outro lado seguindo um caminho que busca o maior valor pelo menor trabalho, uma tendência da arte contemporânea se limita a impressionar. Impressionar pelo inusitado, pelo chocante, pelo tamanho, pela "cara de pau" ou por qualquer coisa fora do comum. A Natureza já nos impressiona todos os dias com montanhas, vulcões, auroras e crepúsculos devidamente aplaudidos no arpoador. Não quero jogar pedras em ninguém e muito menos ser tachado de reacionário - pois qualquer crítica a uma realização contemporânea recebe na hora o rótulo de "reacionária" - Cada um deve fazer o que gosta, o que quer, o que consegue e desejo a todos muito sucesso, mas hoje, dia de reis, meu pai faria 101 anos e me lembrei que ele sempre se definia um artesão. Aproveito para parabenizar também meu amigo e grande artista Helio G. Pellegrino, que nasceu hoje há alguns anos e que é um artista, Arts-tezão incansável na capacidade de domar, modificar recriar materiais e formas, e acabo esta ladainha com uma frase do filósofo francês Alain: "Heurreux qui orne une pierre dure" quer dizer: Feliz quem orna uma pedra dura.
Meu mestre me ensinou que só se inventa trabalhando. Artesão primeiro, artista depois. A estátua vai se mostrando bela ao escultor à medida que ele esculpe. A arte surpreende primeiro o próprio artista porque é o resultado de um trabalho que une a técnica ao sentimento, o pensado ao inusitado. O desejo de agradar ou impressionar quando se sobrepõe ao desejo de fazer, de construir, sempre afasta o artista de seu verdadeiro caminho. Muitos artistas contemporâneos, sobretudo aqueles que saíram da publicidade e que talvez, não por acaso, são os que suas produções alcançam os preços mais altos do mundo, como Damien Hirst e Jeff Koons, (este último se gaba ser incapaz de fazer qualquer coisa com as mãos) trabalham com uma equipe que faz, que realiza suas idéias. Camille Paglia os define como charlatões, pois vinda de uma família italiana de artesãos ela sabe o valor de se por a mão na massa, de trabalhar, de moldar, de se ligar intimamente com o resultado do seu trabalho. Talvez por um lado inspirados por Duchamp, o maior marqueteiro do século XX e por outro lado seguindo um caminho que busca o maior valor pelo menor trabalho, uma tendência da arte contemporânea se limita a impressionar. Impressionar pelo inusitado, pelo chocante, pelo tamanho, pela "cara de pau" ou por qualquer coisa fora do comum. A Natureza já nos impressiona todos os dias com montanhas, vulcões, auroras e crepúsculos devidamente aplaudidos no arpoador. Não quero jogar pedras em ninguém e muito menos ser tachado de reacionário - pois qualquer crítica a uma realização contemporânea recebe na hora o rótulo de "reacionária" - Cada um deve fazer o que gosta, o que quer, o que consegue e desejo a todos muito sucesso, mas hoje, dia de reis, meu pai faria 101 anos e me lembrei que ele sempre se definia um artesão. Aproveito para parabenizar também meu amigo e grande artista Helio G. Pellegrino, que nasceu hoje há alguns anos e que é um artista, Arts-tezão incansável na capacidade de domar, modificar recriar materiais e formas, e acabo esta ladainha com uma frase do filósofo francês Alain: "Heurreux qui orne une pierre dure" quer dizer: Feliz quem orna uma pedra dura.
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