quinta-feira, 13 de junho de 2013

SER  ou NÃO SER – Edgar Duvivier


Quem nunca ouviu falar desta dúvida Shakespeariana, mencionada nas ocasiões mais diversas, das salas de teatro às mesas de botequim? A existência, o ser, o nada, são questões que acompanham a humanidade desde que nos tornamos “sapiens”, há cerca de 200.000 anos. O fato é que sem saber como, porque ou de onde viemos, existimos assim mesmo, respirando, comendo, amando, brigando, sofrendo, indo ao cinema, ao botequim, à feira. Para facilitar as coisas, os homens inventaram nomes, números, cartões de crédito, carteiras de identidade, fotos senhas, assinaturas, CPFs, CICs e todo tipo de identificação (signalement).
Porem, tudo isso não passa de atalhos úteis para o que um ser intangível na sua totalidade funcione socialmente. Números, imagens, fotos, são apenas uma parte, uma sombra da nossa existência.  Essa existência etérea se torna concreta quando o homem cria.  Por isso, Bergson define o homem como homo faber,  um criador, um fazedor de ferramentas, “definitivamente, a inteligência encarada no que parece ser a démarche original dela. É a faculdade de fabricar objetos artificiais, em particular ferramentas para fazer ferramentas e, de fazer variar indefinidamente a fabricação delas” (‘Lévolution creatrice).

Assim, somos o que fazemos. Faço, logo existo.

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